O laboratório PCS Lab Saleme, interditado devido ao caso de seis pacientes que foram infectados com HIV depois de realizarem o transplante de órgãos, foi contratado pelo governo do Rio de Janeiro em um processo emergencial e sem licitação. Além disso, dois sócios do laboratório são parentes do deputado Doutor Luizinho (PP-RJ), ex-secretário de Saúde do Rio.
A empresa de saúde, que fica em Nova Iguaçu (RJ), foi contratada em dezembro do ano passado pela Fundação Saúde, órgão ligado à Secretaria de Saúde do Rio. O contrato é de R$ 3,9 milhões e abrange um período de 180 dias.
Dois sócios do PCS Lab, Walter Vieira e Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira, são tio e primo, respectivamente, do deputado Doutor Luizinho.
Na época da contratação, a pasta justificou a falta de licitação por conta do risco de descontinuidade do serviço de exames de análise e de anatomia patológica no Hospital Estadual Dr. Ricardo Cruz.
Situação gravíssima
Procurado pelo Metrópoles, o deputado garantiu que não participou da contratação de qualquer laboratório, quando foi secretário de Saúde do Rio de Janeiro.
“Situação gravíssima, lamentável, e os culpados devem ser punidos exemplarmente”, escreveu o deputado por mensagem. Ele não era secretário no momento da contratação do laboratório dos parentes.
O PCS Lab, em seu site oficial, diz ser uma empresa fundada há mais de 50 anos que realiza exames a preço popular na Baixada Fluminense.
Reportagem da Band revelou, nesta sexta-feira (11/10), que seis pacientes foram infectados por HIV após receberem órgãos contaminados. Os exames sorológicos eram de responsabilidade da PCS Lab. O Metrópoles confirmou as informações da reportagem.
Inadmissível e inédito
Em nota, a Secretaria de Saúde do Rio chamou o caso de inadmissível e declarou que é uma situação “sem precedentes”. O laboratório teve os serviços suspensos e foi interditado cautelarmente. O Ministério da Saúde vai realizar uma auditoria.
“Uma comissão multidisciplinar foi criada para acolher os pacientes afetados e, imediatamente, foram tomadas medidas para garantir a segurança dos transplantados”, escreveu a pasta.
A secretaria ainda afirmou que está realizando um rastreio com a reavaliação de todas as amostras de sangue armazenadas dos doadores. Além disso, uma sindicância foi instaurada para identificar e punir os responsáveis.
O Metrópoles entrou em contato com o PCS Lab, por e-mail, e com o dono do laboratório, Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira, por telefone, mas não houve retorno até a publicação da matéria. O espaço segue aberto.
Veja a nota completa do deputado Doutor Luizinho:
“Conheço o Laboratório Saleme há mais de 30 anos, dirigido pelo Dr. Montano e posteriormente por seu filho Dr. Valter Viera ( casado com a irmã da minha mãe Ana Paula ) e suas irmãs . Lamento veementemente o ocorrido , desejando ao fim das investigações punição exemplar para os responsáveis por esses gravíssimos casos de contaminação.
Enquanto Secretário de Estado de Saúde , mantive a mesma equipe do Programa Estadual de Transplantes da gestão anterior e jamais participei da contratação deste ou de qualquer outro Laboratório.
É muito triste como um dos maiores defensores do Transplantes no País , cuja minha vida pública está marcada pela ampliação do número de transplantes no Estado , ver casos graves como esse !
Espero punição aos responsáveis , independente de quem for.”
Com informações do portal Metrópoles
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