O ex-presidente Michel Temer (MDB) comparou os atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado com as manifestações contra a reforma da Previdência, organizadas por centrais sindicais durante sua gestão. As declarações foram feitas nesta segunda-feira (25), durante um evento promovido pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), em São Paulo.
Segundo a Folha de S. Paulo, Temer classificou a situação atual do Brasil como marcada por uma “radicalização” e, ao falar sobre o episódio mais recente, associou-o a protestos ocorridos em seu governo. “Invadiram prédios agora em 8 de janeiro. Mas vocês se lembram que no meu governo, quando nós cuidávamos da reforma da Previdência, as centrais sindicais mandaram 1.600 ônibus lá, que incendiaram ministérios, tentaram invadir o Congresso, viraram carros, queimaram carros”, disse o ex-presidente.
Ele relembrou que, à época, foi sugerida uma ação das Forças Armadas para conter os atos, mas o cenário foi pacificado em poucas horas. “Seis horas [da tarde] terminou tudo. Houve noticiário à noite e no dia seguinte de manhã. Mas, quando deu meio-dia, a imprensa me entrevistou, e eu disse: se o episódio é de ontem, ontem é passado. Eu não falo do passado, vou falar do futuro”, afirmou Temer, destacando a decisão de focar na pacificação em vez de alimentar conflitos.
Durante o evento, Temer apontou diferenças entre a prática democrática no Brasil e no Reino Unido, sugerindo que no Brasil há um clima de confronto após as eleições. “Aqui é o seguinte, se eu perder a eleição, o meu dever é destruir aqueles que ganharam. Isso prejudica a governabilidade e prejudica, portanto, o povo”, analisou.
Ele também lamentou a falta de uma cultura de soluções pacíficas para controvérsias no país, argumentando que a polarização tem intensificado os conflitos.
Questionado por jornalistas sobre o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sobre os planos revelados de atentados contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes, Temer minimizou os riscos de abalos à democracia.
“Embora haja tentativas, o fato é que não vão adiante. Não vão adiante porque não há clima no país. E, convenhamos, golpe para valer, você só tem quando as Forças Armadas estão dispostas a fazer”, declarou.
Ele também relativizou a participação de militares nos planos golpistas, afirmando que se tratava de “alguns militares”, e não de uma ação institucional. “Seja Exército, Marinha, Aeronáutica, não participaram disso como instituição. Participaram figuras”, concluiu.
Com informações do portal 247
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