A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) está superlotada e tem registrado aumento de infecções por germes multirresistentes (mais difíceis de combater com antibiótico). A coluna Grande Angular teve acesso a documentos internos, expedidos nos últimos dias, que descrevem internação de bebês além da capacidade. Um dos despachos alerta que a “vida dos recém-nascidos está em risco”.
A UTI Neonatal tem 25 leitos, mas havia 28 bebês no local na última terça-feira (21/1). Todos os recém-nascidos internados têm condições clínicas de alta complexidade. Em entrevista à coluna, na noite dessa quinta-feira (23/1), a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), afirmou que o Hmib tem alto número de aposentadoria de servidores, ao mesmo tempo em que registra crescimento da demanda, inclusive de pacientes de outras unidades da Federação.
“O crescimento da Ride [Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno] estrangula a nossa rede pública de saúde. Nós fazemos, por ano, 40 mil partos no DF – quase que 50% deles são do Entorno”, disse Celina. A governadora em exercício informou que a Secretaria de Saúde do DF está fazendo planejamento para reposição de profissionais na unidade. Assista:
“Situação extremamente crítica”
Um dos despachos da equipe de servidores do Hmib, de sábado (18/1), afirma que a situação do setor “é extremamente crítica e preocupante”. Na ocasião, a Unidade de Neonatologia manifestou à chefia preocupação com “o grave comprometimento da qualidade de assistência devido à superlotação da unidade, insuficiência de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas”.
“Tal quotidiano diário tem gerado sobrecarga de trabalho, o que tem comprometido a qualidade do atendimento individualizado, haja vista o aumento nos casos de eventos adversos e quebras de protocolos registrados. Além disso, a ocupação excessiva de leitos tem aumentado o número de infecções por germes multirresistentes, uma vez que a adequada higienização, o respeito ao espaçamento ideal entre leitos e o controle de infecção estão prejudicados”, disse. Segundo o documento interno, o déficit atual é de 36 médicos.
A equipe da Unidade de Neonatologia solicitou a adoção de medidas urgentes, como o bloqueio de cinco leitos da UTI. “A vida dos recém-nascidos sob nossos cuidados está em risco, e não há como garantir a segurança assistencial sem a rápida implementação das ações propostas”, enfatizou.
Qual é a situação do Hmib
- Despachos internos da Unidade de Neonatologia do Hmib relatam superlotação da UTI.
- Há 25 leitos na UTI Neonatal do Hmib, mas o local tinha 28 bebês internados nessa terça-feira (21/1).
- Todas as crianças internadas têm condições clínicas de alta complexidade, segundo a equipe do hospital.
- Um dos documentos descreve que “a ocupação excessiva de leitos tem aumentado o número de infecções por germes multirresistentes”.
Um dos profissionais que atua no Hmib disse à coluna, sob condição de anonimato, que é comum o afastamento de servidores em razão das condições de trabalho e da alta demanda. O servidor afirmou que a unidade é procurada, também, por pessoas de fora da capital federal, o que aumenta a quantidade pacientes. “O número de atestados está crescendo. O Hmib é antigo, é a maior maternidade de Brasília. A gente está saindo de lá exausto, chorando, com menino mal cuidado, mal assistido e que, às vezes, vem a óbito – o que poderia ser evitado”, relatou.
Os plantões noturnos têm sido realizados com apenas três médicos, quando o ideal seria pelo menos cinco profissionais “para assegurar a segurança e a qualidade do atendimento”, de acordo com o despacho interno da equipe do Hmib.
O que diz a Secretaria de Saúde do DF
A Secretaria de Saúde do DF informou que “o Hmib é referência no atendimento de partos de alto risco e, devido ao aumento da demanda, há ocupação de 100%”. A pasta disse que “tem intensificado os esforços para recompor a força de trabalho e, diante do aumento na demanda, tem adotado decisões estratégicas, sempre respeitando os protocolos, para agilizar o giro de leitos”.
“A equipe do hospital está empenhada em manter a excelência no atendimento, dedicando-se ao máximo para atender as necessidades dos pacientes. Quanto às infecções, o hospital conta com uma Comissão de Infecção Hospitalar ativa e altamente qualificada, que realiza monitoramento constante para assegurar as melhores práticas de controle e prevenção”, afirmou a secretaria.
A coluna questionou a quantidade de bebês infectados por germes multirresistentes nos últimos meses, mas não obteve resposta até o fechamento deste texto.
Com informações do portal Metrópoles
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