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Presidente da CUT-DF diz que PEC 32 vai aumentar a corrupção e precarizar os serviços públicos

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O presidente da Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal (CUT-DF), Rodrigo Rodrigues, não tem dúvida de que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 32), chamada também de reforma administrativa, vai aumentar as chances de haver corrupção e precarização nos serviços públicos. Para o sindicalista, ao permitir o aumento do número de cargos comissionados – ele estima-se a criação de 91 mil cargos comissionados, caso a proposta seja aprovada –, conforme prevê a PEC 32, esses cargos ficarão à disposição dos “políticos de plantão”, que poderão utilizá-los com apadrinhamento político em troca de favores eleitorais e não a serviço da população, como se espera do poder público.

“O servidor concursado permanece independente de governo, de quem foi eleito para exercer o Poder, mas, o indicado, não, o indicado vai junto com o político”, lembra Rodrigues. Ainda, segundo ele, como o servidor foi indicado, ele acaba “devendo” favores às pessoas que o indicou, com isso, deixa de não só prestar um bom serviço à população, como de fiscalizar qualquer tipo de procedimento ilegal. “Se acabar com isso, o servidor indicado por político, ele não fiscalizar o político que o indicou, então nós podemos ter uma abertura para a corrupção”, afirma.

Mas não é só isso. Junto com a corrupção e a precarização dos serviços, outra possibilidade que a PEC 32 abre é a de fazer com que todos os serviços, que hoje prestados pelo Estado, venha também ser oferecido pela iniciativa privada. “É uma PEC que pretende desregulamentar o serviço público como nós conhecemos hoje, sobretudo com o pretexto de modernizar o serviço público e o Estado. Mas o que eles querem na verdade é abrir para a iniciativa privada a concessão de todo serviço público que o Estado deve prestar”, diz o presidente da CUT-DF.

Vacinas

O sindicalista também comentou sobre a pandemia de covid-19 e falou sobre como o governo federal tem atuado no enfrentamento à doença. Segundo Rodrigues, o que era para salvar vida, ou seja, a vacinação de pessoas, foi tratada pelo governo – conforme tem mostrado a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid – se tornou, dentro do governo, um caso de corrupção, onde teria chegado a se cobrar dos vendedores de vacina, no caso da indiana Covaxin, um US$ 1 de propina por dose vendida ao Ministério da Saúde.

“O governo não comprou antes porque não fez o acordo da propina que era desejado. Então nós estamos vendo com a CPI que é muito pior do que nós imaginávamos que poderia ser”, lembra o presidente. “Agora as pessoas estão morrendo em razão de uma política criminosa e equivocada desse governo federal”, complementa.

DF

Na opinião de Rodrigo Rodrigues, a pandemia veio para desmascarar o governo federal e seus aliados, como é o caso do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Para o sindicalista, a gestão de Ibaneis seguiu os mesmos rumos da política bolsonarista que buscou amenizar a pandemia tratando-a como uma doença qualquer, sendo até mesmo chamada pelo presidente Bolsonaro de “gripezinha”.

“Com isso, a população foi a mais prejudicada. O DF é a terceira unidade da Federação com o maior número de mortes por 100 mil habitantes do Brasil. Morre-se muito no Distrito Federal em razão do covid-19”, afirma.

E não para por aí. Segundo Rodrigues, os reflexos da má gestão de governos como o de Ibaneis durante o enfrentamento da pandemia – no DF, o secretário de Saúde, Francisco Araújo, foi preso preventivamente por supostas irregularidades na compra de testes para detecção da covid-19 – mostra que esse tipo de política prejudica a qualidade de vida da população, em especial, a população mais pobre.

“O que está acontecendo na Saúde do DF é um absurdo, não podemos tolerar. O  DF poderia ter sido o primeiro estado a vacinar toda a sua população, inclusive os jovens”, diz o presidente da CUT-DF. “Nós vivemos no DF uma situação muito caótica, muito complexa e que temos que encontrar uma saída para isso, pois não podemos reeleger Ibaneis.”

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