A oitiva ocorre nesta manhã (2/2) no Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar no Guará
Em seu primeiro depoimento, Torres permaneceu calado. Sua defesa argumentou que precisava de mais tempo para analisar os documentos do inquérito. Dessa vez, a expectativa é que ele fale e preste esclarecimentos sobre sua atuação nos ataques terroristas de 8 de janeiro e sobre a minuta golpista encontrada durante operação de busca e apreensão em sua casa.
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O ex-secretário é acusado de ter sabotado a operação de segurança e o comando da Secretaria de Segurança Pública logo antes dos ataques, deixando as forças de segurança sem coordenação frente aos extremistas que invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes.
Na semana passada, a Polícia Federal, a pedido da defesa de Torres, chegou a solicitar a oitiva, mas ela foi suspensa por falta de autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Em 10 de janeiro, a Polícia Federal realizou uma operação de busca e apreensão na casa do ex-secretário, quando oito agentes foram ao local em dois carros descaracterizados. Durante as buscas, os agentes encontraram uma minuta de decreto presidencial que previa a decretação de um Estado de Defesa nas sedes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e dos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE) durante o pleito de 2022, o que poderia ser usado para alterar o resultado das eleições.
Costa Neto também será ouvido pela PF
No mesmo inquérito, a Polícia Federal solicitou que o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, também seja ouvido. O pedido foi acatado por Moraes e Costa Neto deve prestar depoimento até a semana que vem. Em entrevista recente, o presidente do partido de Bolsonaro disse que também recebeu uma cópia do documento golpista e que documentos parecidos estavam “na casa de todo mundo”.
“Agora vão prendê-lo [Torres] por causa disso? Aquela proposta que tinha na casa do ministro da Justiça, isso tinha na casa de todo mundo. Muita gente chegou para mim e falou: ‘pô, você sabe que eu tinha um papel parecido com aquele lá em casa. Imagina se pegam’”, disse Costa Neto em entrevista ao jornal O Globo.
As afirmações “devem ser esclarecidas no contexto mais amplo desta investigação, notadamente no que diz respeito à adesão, por terceiras pessoas, de eventual intenção golpista”, escreveu o ministro do STF ao determinar a oitiva do presidente do PL.
Fonte: Correio Braziliense
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