O Papa Francisco pediu uma investigação para determinar se os ataques de Israel na Faixa de Gaza constituem genocídio, de acordo com trechos divulgados neste domingo (17) de um novo livro com entrevistas do pontífice.
“De acordo com alguns especialistas, o que está acontecendo em Gaza tem as características de um genocídio. Devemos investigar cuidadosamente para determinar se isso se encaixa na definição técnica formulada por juristas e organismos internacionais”, disse o papa em trechos do livro publicados pelo jornal italiano “La Stampa”.
O livro, escrito por Hernán Reyes Alcaide e baseado em entrevistas com o Papa, é intitulado “A esperança nunca decepciona. Peregrinos rumo a um mundo melhor”. Ele será lançado na terça-feira, antes do jubileu de 2025 do papa. O ano jubilar de Francisco deve atrair mais de 30 milhões de peregrinos a Roma para celebrar o Ano Santo.
Esta é a primeira vez que Francisco pede abertamente uma investigação sobre alegações de genocídio em relação às ações de Israel na Faixa de Gaza. Em setembro, ele havia dito que os ataques de Israel em Gaza e no Líbano foram “imorais” e desproporcionais, e que seu exército israelense ultrapassou as regras da guerra.
Israel trava uma guerra contra o grupo terrorista palestino Hamas, que começou com o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023 no sul do território israelense, que matou cerca de 1.200 pessoas e 250 foram levadas para Gaza como reféns –dezenas ainda permanecem lá até hoje. A operação militar israelense no território matou mais de 43 mil pessoas, sendo mais da metade mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
Israel nega acusações de genocídio e diz que suas ações militares em Gaza visam apenas membros do Hamas. No entanto, o conflito gerou acusações nesse sentido em tribunais internacionais: Israel é alvo de uma investigação da Corte Internacional de Justiça, em Haia, que apura se o exército do país “submeteu os palestinos a atos genocidas”.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, junto com outras autoridades de Israel e do Hamas, teve um mandado de prisão expedido contra ele pelo Tribunal Penal Internacional (TPI). A decisão, divulgada em maio, citava uma “responsabilidade criminal” sobre crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
No ano passado, Francisco se encontrou separadamente com parentes de reféns israelenses em Gaza e palestinos vivendo a guerra, provocando uma polêmica ao usar palavras que diplomatas do Vaticano geralmente evitam: “terrorismo” e, segundo os palestinos, “genocídio”.
Na ocasião, o papa falou sobre o sofrimento tanto de israelenses quanto de palestinos após suas reuniões, que foram realizadas antes do acordo de reféns entre Israel e o Hamas e de uma pausa temporária nos combates.
O pontífice teve controle editorial sobre o novo livro, e na semana passada também se reuniu com uma delegação de reféns israelenses libertados e suas famílias, que pressionam pela campanha para trazer os reféns restantes de volta para casa.
Com informações do G1
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