O deputado distrital Leandro Grass (PV), que ficou em segundo lugar na disputa pela cadeira no governo do Distrito Federal, falou sobre a postura que será adotada a partir de agora pela campanha eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste segundo turno. A fala de Grass foi feita no comitê do deputado distrital, Chico Vigilante (PT), em Ceilândia, e acompanhada por dezenas de militantes e populares.
“A partir de agora vai ser uma campanha mais pulverizada. Isso significa que os nossos núcleos, os nossos comitês, os nossos grupos ganharam mais autonomia. Não esperemos que nos diga o que fazer, façamos”, afirma Grass.
A campanha do segundo turno, ressaltou Grass, no DF, deverá ser feita em conversa com as pessoas. Conforme ele disse, o momento é exige uma busca de voto no “corpo a corpo”, para com isso tentar “resgatar a memória do povo” em relação à época dos governos de Lula.
“A nossa postura não pode ser uma postura de quere enfiar o voto goela abaixo. Ninguém vota por imposição, o voto é uma escolha, é livre. Por isso, temos que ter um discurso de convencimento. Não é no grito, não é na lacração, não é na imposição, é na fraternidade, é no abraço”, diz Grass. “Nós vamos votar no Lula porque chega de ódio, chega de miséria e chega de violência.”
No DF, o presidente Jair Bolsonaro (PL) 51,65% dos votos, contra 36,85% do ex-presidente Lula. Segundo uma rápida avaliação de Grass, é possível reverter esse resultado com a busca de votos em eleitores que não votaram nem em Bolsonaro e nem em Lula, que seriam 197.962 pessoas, além dos 57 mil votos em branco e nulos, e as 386 mil abstenções. “Temos 640 mil para alcançar, se conseguirmos 1/3 deste total, já temos mais de 200 mil votos”, ressaltou.
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