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Injustiça

Mães de crianças com deficiência não conseguem fraldas há dois meses na rede pública do DF: ‘Estamos vivendo de doações’

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Maria Nilce dos Santos, por exemplo, tem filho de 10 anos autista, que usa fraldas ‘extra grande’, mas produto está em falta desde novembro na UBS 3 do Paranoá Parque. Secretaria de Saúde afirma que caso é ‘pontual’.

https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2022/01/05/maes-de-criancas-com-deficiencia-nao-conseguem-fraldas-ha-dois-meses-na-rede-publica-do-df-estamos-vivendo-de-doacoes.ghtml

Idosos, pessoas com deficiência ou acamadas estão sem receber fraldas tamanho extra grande (EG) do governo do Distrito Federal há pelo menos dois meses. É o caso de Liziandro Souza de Oliveira, de 10 anos, que tem autismo, um transtorno no desenvolvimento neurológico que afeta o comportamento (veja vídeo acima).

“Estamos vivendo de doações”, afirma a mãe dele, Maria Nilce dos Santos Sousa.

Desde novembro de 2020, o produto está em falta na Unidade Básica da Saúde (UBS 3) do Paranoá Parque, no Distrito Federal, onde Nilce, o marido e o filho moram. A região abriga população de baixa renda e o problema também atinge outras famílias na área. Ao todo, 4 mil pessoas estão cadastradas para receber o benefício na capital federal.

Por nota, a Secretaria de Saúde do DF informou que “não há falta de fraldas na rede pública”, mas que existem situações “pontuais” por causa de “alguns tamanhos, que possuem mais procura, e que, por ventura podem ter algum desabastecimento e aguardam entrega por parte das empresas”. A pasta, no entanto, não informou quando o problema será resolvido.

Liziandro Souza de Oliveira, de 10 anos, tem autismo e não recebe fraldas há dois meses no DF — Foto: Mara Puljiz/ g1DF
Liziandro Souza de Oliveira, de 10 anos, tem autismo e não recebe fraldas há dois meses no DF — Foto: Mara Puljiz/ g1DF

Gasto de mais de R$ 500 por mês

Por causa do autismo, Lizandro não consegue ir ao banheiro sozinho e precisa usar pelo menos cinco fraldas por dia, ou seja, no mínimo, 150 unidades por mês, segundo receituário médico.

Maria Nilce afirma que um pacote, com 7 fraldas, custa entre R$ 15 e R$ 17, um gasto total médio de mais de R$500 por mês. O filho não recebe nenhum benefício social e ela o marido, Alcides Ferreira de Oliveira, ganham um salário mínimo e não conseguem arcar com os custos sozinhos.

Alcides Oliveira mora no Paranoá Parque, no DF, com a esposa e o filho que tem autismo, Lizandro Sousa de Oliveira, de 10 anos — Foto: Arquivo pessoal

Alcides Oliveira mora no Paranoá Parque, no DF, com a esposa e o filho que tem autismo, Lizandro Sousa de Oliveira, de 10 anos — Foto: Arquivo pessoal

Nilce é aposentada por ter nascido com paralisia cerebral e cuida de uma filha com depressão, além de lutar contra um câncer no útero.

“Por causa do autismo dele, que é severo, ele não entende hora de fazer as necessidades. Eu já perdi dois colchões por causa disso e estamos vivendo de doações”, disse.

Pacote com 18 fraldas EG (extra grande) custa R$ 44,90 em mercado do DF  — Foto: Mara Puljiz/g1DF

Pacote com 18 fraldas EG (extra grande) custa R$ 44,90 em mercado do DF — Foto: Mara Puljiz/g1DF

Alcides afirma que já abriu vários protocolos de reclamação na Ouvidoria do governo, pelo número 162, mas o órgão pede prazo de até 20 dias para a resposta. Passados dois meses, as fraldas ainda não chegaram.

“É o tamanho que eles dizem que não conseguem comprar. Só conseguem comprar P, M ou no máximo G. A Extra G eles não conseguem comprar. Falam que vai chegar e nunca chega”, reclama Alcides.

UBS 3 do Paranoá Parque, no DF — Foto: Mara Puljiz/g1DF

UBS 3 do Paranoá Parque, no DF — Foto: Mara Puljiz/g1DF

‘Se vira como pode’

Eduarda Cristina de Jesus Pereira, de 16 anos, tem hidrocefalia e precisa de fraldas DF

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Eduarda Cristina de Jesus Pereira, de 16 anos, tem hidrocefalia e precisa de fraldas DF

Eduarda Cristina de Jesus Pereira, de 16 anos, tem hidrocefalia. A condição de saúde é caracterizada pelo acúmulo de líquido dentro do cérebro.

A mãe, Maria Aparecida de Jesus Pereira, é dona de casa e mora na quadra 3 do Paranoá Parque. Ela também depende do governo para garantir o acesso às fraldas (veja vídeo acima).

“A gente está se virando como pode. Faz um tempinho que a gente está comprando. As vezes custa R$ 17, R$ 18 o pacote e a gente sai pesquisando onde está mais barato. O pacote vem com 7 fraldas e só dura um dia. Complicado, né?”

FONTE: G1-DF

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