A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a medida do governo Lula de autorizar a importação de arroz subsidiado no âmbito das operações de ajuda humanitária no Rio Grande do Sul. Tal medida foi anunciada pelo governo federal depois que o RS, maior estado produtor de arroz do país – responsável por 70% da produção do alimento – foi atingido pelas enchentes no último mês.
A iniciativa da CNA vai no sentido contrário da proposta do governo que visa importar o alimento para que os preços não subam e não afetem a cesta básica do brasileiro, já que o arroz é um dos alimentos mais consumidos na mesa das famílias brasileiras. Além disso, segundo dados obtidos por jornalistas independentes, há arroz estocado no RS, o que não explica a alta nos preços dos alimentos, que alguns casos já chegam a ser vendido com preços acima de R$ 50 o pacote de 5 kg.
A explicação, mais uma vez, seria a ganância de alguns produtores que querem ganhar com a desgraça do povo gaúcho. Por isso, a CNA está indo ao Supremo para tentar impedir o leilão que seria realizado nesta quinta-feira (6) para a compra de 300.000 toneladas de arroz, sendo que objetivo final do governo é comprar até 1 milhão de toneladas.
Ao todo, já foram liberados R$ 7,2 bilhões para a compra de até um milhão de toneladas de arroz importado. O governo federal decidiu zerar até 31 de dezembro a tarifa de importação de três tipos de arroz.
Não bastando o impasse entre o governo federal e a CNA, também surgiram notícias falsas dizendo que o arroz que o Brasil irá importar estar contaminado e seria prejudicial à saúde. Até o momento, nada se comprovou nesse sentido, o que colabora ainda mais para a desinformação que vai se formando entorno do assunto.
O Ministério da Agricultura espera buscar outros mercados, como Tailândia e Vietnã, uma vez que a produção dos países do Mercosul não é suficiente para atender à demanda. Nacional.
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