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Eleições

Governo Lula comemora Fortaleza e derrotas bolsonaristas e vê avanço do centro com cautela

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O governo do presidente Lula (PT) buscou minimizar as derrotas sofridas pela esquerda no segundo turno das eleições municipais, realizadas neste domingo (27), em particular na cidade de São Paulo.

Os articuladores políticos do governo preferiram exaltar a vitória em Fortaleza, que dá ao PT o comando da quarta maior cidade do país e a primeira capital conquistada pelo partido desde 2016.

Houve celebração com o desempenho da chamada “frente ampla” nos embates contra a extrema direita nas diferentes regiões do país e também pelas derrotas em série sofridas pelo bolsonarismo nas capitais.

Por outro lado, interlocutores no governo reconhecem que o desempenho dos partidos de centro, que compõem o governo, já indicam a necessidade de uma renegociação das alianças, em particular para 2026.

Brasileiros foram às urnas, neste domingo (27), no segundo turno das eleições municipais para escolher seus governantes pelos próximos quatro anos, em 51 cidades, sendo 16 capitais.

Considerando os resultados do primeiro turno, o governo Lula e seus aliados conseguiram vitória na metade das cidades que foram estabelecidas prioridades pela ala política. O objetivo era barrar as vitórias dos nomes mais extremistas do campo da direita ou que eram apoiados pelo governador Jair Bolsonaro (PL).

Por isso foram celebradas as vitórias em Belém, com Igor Normando (MDB); em Belo Horizonte, com Fuad (PSD); em Niterói, com Rodrigo Neves (PDT); e com o petista Evandro Leitão, em Fortaleza. A essas se somavam os resultados no primeiro turno de Eduardo Paes (PSD), no Rio, e de João Campos (PSB), no Recife.

Por outro lado, na lista de prioridades do Planalto, os resultados foram considerados particularmente ruins na capital paulista, em Cuiabá, em Natal e Porto Alegre, além dos fracassos já no primeiro turno em Rio Branco e Teresina.

Sobre a derrota de Guilherme Boulos (PSOL), os porta-vozes do Palácio do Planalto optaram por minimizar o papel do governo nesse pleito e preferiram partir para o ataque contra o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), pela declaração em que apontou sem provas pedido de votos da facção PCC no candidato do PSOL.

“Nunca tinha visto mentira desse tamanho. Nunca vi um governador de Estado agindo dessa forma. Ele repetiu o laudo falso usado contra Boulos no primeiro turno. Fez isso usando o fato de ser chefe das polícias estaduais”, afirmou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

O responsável pela articulação política do governo Lula também citou a participação das ações e dos repasses da administração federal para os municípios como um dos principais fatores para a alta taxa de reeleição registrada no pleito atual.

Interlocutores no Palácio do Planalto também comemoraram as sete derrotas do PL no segundo turno, mesmo em casos em que as disputas se deram com outros nomes da direita. O partido de Jair Bolsonaro, no entanto, acabou elegendo quatro prefeitos de capitais, o melhor resultado da história da legenda.

Governistas, no entanto, minimizam essa situação. Citam que o partido de Bolsonaro foi derrotado nas maiores capitais em que esteve na disputa, como Fortaleza, Belo Horizonte e Manaus.

Aliados de Lula também celebraram em particular a vitória de Leitão na capital cearense, em particular por ter ocorrido em um embate direto com o bolsonarismo. O petista venceu André Fernandes (PL). A vitória deu ao partido o comando da quarta maior capital brasileira.

As vitórias da frente ampla governista foram comemoradas dentro do Palácio do Planalto, como se fossem vitórias do partido do presidente. O resultado, segundo um interlocutor, indica a necessidade de negociar com essas siglas, que saem fortalecidas e devem por isso requisitar melhores condições.

O governo, no entanto, acrescenta que essas novas negociações não se darão na forma de ministérios ou outros cargos. A avaliação é que o espaço dentro da atual gestão é negociado mais a partir da base dentro do Congresso Nacional e por isso a eleição para a direção das mesas terá impacto maior.

Além disso, há a visão de que os partidos de centro possuem um caráter mais conservador e uma natureza mais governista. Isso dá a Lula um poder de barganha maior, em comparação com os bolsonaristas, para atrair essas legendas para uma composição em 2026.

Um integrante do governo, que não pertence ao PT, cita que os dois turnos das eleições evidenciaram a vitória dos partidos de centro contra candidatos extremistas. E nesse caso ele cita a derrota de nomes da esquerda. Cita que além dos bolsonaristas, os nomes derrotados da esquerda são considerados mais radicais, citando o caso de Maria do Rosário, em Porto Alegre.

O PT, partido de Lula, disputava o segundo turno em quatro capitais -Fortaleza, Natal, Cuiabá e Porto Alegre-, mas acabou levando apenas na capital cearense. Nas eleições de 2020, os petistas não haviam conquistado nenhuma prefeitura de capital.

O senador Humberto Costa (PT-PR), coordenador do núcleo eleitoral do PT, avalia o resultado do partido nas eleições municipais como um “crescimento moderado”. Em relação ao governo, ele vê o pleito como um sinal de alerta de que o governo precisa melhorar como se comunica, porque as ações para a população não tiveram o impacto desejado.

“Eu acho que a primeira discussão que governo tem que fazer é como fazer chegar às pessoas aquilo que vem sendo feito e como isso repercute na vida de cada um dos brasileiros, das brasileiras. Uma das primeiras coisas é fazer as pessoas terem a plena consciência do que está acontecendo em termo da melhoria das condições de vida”, afirma o senador, acrescentando que a disputa ideológica tem afetado a percepção das pessoas, que estão muito fechadas nas suas crenças.

O senador também cita que o governo precisa avaliar se “cabe mudanças, tanto do ponto de vista político, como de composição”.

Com informações do Jornal de Brasília

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