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Segurança Pública

Em 2024, 562 pessoas foram presas por crimes ambientais no Brasil

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Relatório do Ministério da Justiça aponta que 5,7 mil maquinários de garimpeiros ilegais e desmatadores foram destruídos no ano passado. Além das detenções, equipes da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança atuaram em 7,4 mil queimadas

Um total de 562 pessoas foram presas em operações contra crimes ambientais coordenadas pelo Ministério da Justiça em 2024. Os dados se referem à Operação Protetor de Biomas, que foi realizada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública em 11 estados de janeiro a outubro do ano passado. Além das detenções, equipes federais atuaram em 7,4 mil focos de incêndio. Os números fazem parte de um levantamento sobre as ações da pasta coordenada pelo ministro Ricardo Lewandowski e foram obtidos pelo Correio junto ao órgão.

Nas ações de fiscalização, agentes apreenderam 5,7 mil maquinários usados por desmatadores e garimpeiros em atividades ilegais — principalmente na região da Floresta Amazônica. A quantidade de madeira apreendida também chama atenção: 6.360,050m³. “O Ministério da Justiça e Segurança Pública destinou mais de R$ 40 milhões para apoiar as forças de segurança dos estados e do Distrito Federal nessas operações. Esse valor representa aumento de mais de 400% em comparação a 2022, quando foram investidos cerca de R$ 9,4 milhões ao longo de todo o ano”, informa um trecho do relatório.

O ministério também destaca que a Força Nacional de Segurança Pública reforçou, ao longo do ano, suas ações no enfrentamento a incêndios florestais em diversas regiões do país, com mobilizações que envolveram centenas de profissionais e dezenas de viaturas. As operações estratégicas foram conduzidas no Amazonas, Pantanal e em outros estados prioritários, atendendo a solicitações de governos locais, órgãos de proteção do meio ambiente, além de decisões judiciais.

“No auge das queimadas pelo país, a Força Nacional foi mobilizada para 20 municípios prioritários, distribuídos por sete estados. As ações tiveram como objetivo não só o combate aos incêndios florestais, mas também atividades de polícia judiciária e perícia forense, além da proteção da ordem pública”, completa o ministério. No âmbito das ações, foram mobilizados cerca de 500 profissionais — entre bombeiros, policiais militares, peritos e técnicos — e utilizadas aproximadamente 150 viaturas, reforçando a presença do governo federal em regiões vulneráveis, nos estados de Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Acre e Roraima.

Polícia Federal

A Polícia Federal foi empregada no combate a crimes ambientais e contra as comunidades indígenas, com atenção especial aos incêndios florestais que impactaram fortemente a Amazônia, o Pantanal e outras regiões do Brasil.

No total, estão em andamento 5.589 inquéritos policiais relacionados ao tema. Desses, 154 investigações, iniciadas em 2023 e 2024, são especificamente sobre incêndios nos biomas brasileiros. No momento, 20 policiais federais estão dedicados exclusivamente à investigação dos incêndios no Pantanal, que abrange Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

A pasta da Justiça também informa que foram criados quatro polos de apuração nos estados com mais casos de incêndio no bioma Amazônico (Acre, Amazonas, Rondônia e Pará). Cada um deles possui uma equipe exclusiva dedicada a esclarecer os fatos.

Autoridades do setor apontam que as investigações sobre mineração ilegal tem focado no financiamento da atividade, a fim de descapitalizar os grupos criminosos e inutilizar os equipamentos de alto valor utilizados para o crime, como, por exemplo, algumas ações que resultaram na inutilização de centenas de dragas garimpeiras ilegais em um único período de ação em diferentes rios da Amazônia Legal.

“Outros investimentos para aumentar a capacidade operacional têm sido feitos com apoio do Fundo Amazônia, proporcionando a implementação do Centro de Cooperação Policial Internacional na Amazônia, que reunirá, sob a coordenação da Polícia Federal, representantes de todos os países da Pan-Amazônia, todos os estados da Amazônia Legal brasileira, a Senasp, a PRF, sendo ainda convidados organismos multilaterais como a Interpol, a Ameripol e a Europol”, completa o relatório.

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