A professora Mônica Caldeira, que também é membro do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF), trabalha há anos com a educação de jovens e adultos. Em entrevista o TaguaCei, a professora faz um alerta para que o vem acontecendo com as políticas públicas dos governos no segmento da alfabetização. “O que se vê é a tentativa de mercantilização desse direito que é a educação”, diz Caldeira.
Segundo ela, isso ocorre tanto no âmbito nacional quanto na esfera local, onde o Governo de DF estaria “precarizando a educação para ela ser entregue à iniciativa privada”.
“O governo não pode só oferecer a educação, ele precisa ter políticas de permanência na educação”, critica a professora.

A alfabetização de jovens e adultos ainda é necessária. Segundo a professora, só no DF, dados da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), mostram que atualmente há mais de 60 mil pessoas analfabetas. “Não tem políticas de fomento para o acesso e a permanência na educação de jovens, adultos e trabalhadores. O que o governo está fazendo hoje é fechar turmas de EJA”, diz.
E isso tem um resultado na vida das pessoas, que segundo Caldeira, ficam desempregadas justamente por terem baixa qualificação profissional, que é obtida por meio da escolaridade. “Então quando você não adota políticas, quando governos não se comprometem com políticas que fazem com que a escola seja acessível e que o estudante possa permanecer na escola, nós estamos vivendo um retrocesso”, afirma a professora.

Conforme fez questão de pontuar, a professora observa que a postura do poder público diante da alfabetização de jovens e adultos já se tornou um ciclo vicioso, pois, quando jovem, há a evasão escolar em razão da falta de incentivo que resulta no baixo desempenho para que se possa ter bom rendimento no estudo, e depois, quando mais velho, esses mesmos jovens que não tiveram oportunidade de estudar na adolescência também ficam sem estudar na fase adulta em razão dos poucos espaços que ainda oferecem a modalidade de Ensino de Jovens e Adultos (EJA).
O pouco caso é tamanho, segundo Mônica Caldeira, que até informações sobre esse segmento os órgãos competentes têm dificuldade em repassar, pois só haveria dados até 2014, quando ainda se investia nessa modalidade de ensino. “Estão fechando turmas, reduzindo ofertas de vagas, e isso é erro, pois o acesso à escola é um direito do cidadão. A sociedade precisa exigir, pois a escola é um lugar de sonho, é um lugar de todos os brasileiros que estão nessa situação de afastamento da escola”, diz Mônica Caldeira.
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