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Clima

Defesa Civil alerta para riscos das chuvas, que devem persistir até maio

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Apesar do baixo volume de precipitações registrado na estação do verão, os temporais que atingiram a capital federal trouxeram insegurança para parte da população e acionou alerta para alagamentos e deslizamentos em regiões críticas

 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

O outono começou oficialmente na capital federal e a previsão é de que as chuvas perdurem até maio. Entre dezembro do ano passado e março deste ano — estação do verão —, o DF registrou precipitações na maioria dos dias, mas não alcançou a média esperada para o período, que era de 476,0 mm. Apesar do baixo volume, os temporais que atingiram Brasília trouxeram insegurança e medo para os brasilienses e colocou em alerta o risco para alagamentos e deslizamentos.

A Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil (Sudec), vinculada à Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP/DF), monitora 10 áreas de risco em 22 regiões de todo o DF. São locais que necessitam de maior atenção, principalmente no período chuvoso. O objetivo, segundo a pasta, é identificar possíveis ameaças e vulnerabilidades geotécnicas, estruturais e ambientais. Também são vistoriadas as áreas com declive acentuado, erosões, ou aquelas que sejam próximos a córregos, com precariedade em sistemas de drenagem de águas pluviais e ou de saneamento básico, além daquelas que apresentam fragilidades nas edificações.

Ao Correio, a Sudec ressaltou que executa ações preventivas, de socorro, assistenciais e recuperativas destinadas a evitar ou minimizar desastres, apoiando as ações dos órgãos de emergência, que fazem as primeiras intervenções.

Enxurrada

Devido às chuvas desta terça-feira (21/3), uma mulher teve a casa danificada pela enxurrada na Chácara Santa Luzia, em Ceilândia. Militares do Corpo de Bombeiros foram acionados para atender a ocorrência e, ao chegarem ao local, depararam-se com o muro, o portão e a parede interna da residência arrancados pela força da água. Em decorrência do grande volume de água, outros três imóveis próximos acabaram alagados.

No Sol Nascente, considerada a maior favela do Brasil, os moradores sofreram os impactos. Helena Batista, 24, relata as complicações de morar no local, principalmente na época de chuva. “Minha mãe é idosa e fica complicado para ela andar nas ruas por conta da lama”, frisa. A operadora de caixa explica que deixou de levar suas filhas a alguns dias de aulas com receio de ser derrubada pelas enxurradas. “Minha mãe já caiu umas três vezes, na última vez ela foi levada pela enxurrada e só parou porque segurou em um poste. Ainda bem que foi só um susto e nada mais grave”, lembra.

Aline Sampaio, 37, também mora no Sol Nascente, diz que tem sorte da casa dela ser alta, mas, quando a chuva está muito forte, ela acaba entrando. “Ninguém sai de casa para trabalhar. Quando a chuva acaba, tenho que esperar uns 20 minutos até a água acalmar para a gente conseguir passar. Esses dias que estava chovendo pela manhã, meus filhos estão faltando aula. Não tem condições deles conseguirem ir pegar o transporte”, desabafa.

Uma solução para evitar esses desastres em área de risco é planejamento e readequação, como explica a urbanista Angelina Nardelli. “É compreender o caminho das águas no período das chuvas, aumentando as áreas de permeabilidade natural, além de readequar, a partir do crescimento das áreas urbanas, a drenagem artificial”, aponta.

O que diz a meteorologia

O outono começou na segunda-feira (20/3) e, para os próximos dias, nada de seca, afirma o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O meteorologista Heráclio Alves conta que este começo de estação é um período de transição e o DF ainda terá as características de verão. “Para esta semana, terá um tempo mais chuvoso, principalmente no período da tarde, com o aquecimento diurno, e com chuvas a qualquer hora do dia”, avalia o especialista. Já a segunda metade vai adquirindo as características do inverno, com tempo mais seco e frio. “As chuvas vão reduzindo”, complementa.

Apesar das chuvas intensas, este ano, a quantidade de chuvas foi menor em comparação a média para a estação. O normal para todo o período é 608,22mm, mas o acumulado desde o início foi de 476mm — um déficit de volume de 132,2mm.

*Estagiário sob a supervisão de Patrick Selvatti

 

Com informações do portal Correio Braziliense

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