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Cultura

Brasília celebra a cultura com a reinauguração da Sala Martins Pena

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Uma das mais importantes salas do Teatro Nacional Claudio Santoro passa a contar com 480 lugares, além de melhorias para espectadores com necessidades especiais. A Secretaria de Cultura preparou ampla programação de shows

O projeto de restauração contempla inovações e respeito à história -  (crédito: Geovana Albuquerque/Agência Brasília)

O projeto de restauração contempla inovações e respeito à história – (crédito: Geovana Albuquerque/Agência Brasília)

Fechada há uma década, a sala Martins Pena, do Teatro Nacional Claudio Santoro — um dos principais espaços artísticos da capital federal — volta a receber o público hoje. Localizado em um patrimônio cultural nacional — onde se apresentaram artistas de renome, como os atores Fernanda Montenegro e Paulo Autran, o corpo de balé Bolshoi e os irmãos cantores Maria Bethânia e Caetano Veloso — o recinto será reinaugurado com uma apresentação da Orquestra Sinfônica de Brasília, exclusiva a convidados. Essa será a primeira atividade da programação preparada para, pelos próximos dias, matar a saudade dos apreciadores das artes cênicas.

A reabertura é um marco para a área cultural de Brasília, setor que ainda tenta se reerguer das consequências da pandemia. Com o fechamento de pontos considerados relevantes, na região, para apresentações musicais e teatrais, que devido aos impactos econômicos negativos da Covid 19 não puderam seguir em funcionamento, como o Calaf, voltar a cruzar as portas do Teatro Nacional é uma vitória para os moradores da cidade.

“Trazer de volta a Sala Martins Pena é resgatar a identidade cultural da capital e reafirmar a importância da cultura como ferramenta de transformação, pertencimento e desenvolvimento. Estamos avançando, com o olhar voltado para o futuro, mas com o respeito que nossa história e nossos artistas merecem”, disse ao Correio a vice-governadora Celina Leão (PP). 

“Ver a Orquestra Sinfônica retornando à sua casa é um presente não só para os músicos, mas para todos nós brasilienses, que temos o privilégio de viver em uma cidade que respira cultura e arte. Esse é apenas o começo de um movimento maior que fará do Teatro Nacional um espaço ainda mais grandioso e acessível para a população. É a cultura pulsando novamente em Brasília”, completou a progressista, à reportagem. 

O debut da Martins Pena — que incialmente contava com 407 lugares e é adornada por um imponente painel de Athos Bulcão — se deu em 1966. E foi por ela que começou, há dois anos, uma ampla reforma do Teatro Nacional.

Após o evento de hoje, na sexta-feira, a Orquestra Sinfônica, voltará ao mesmo palco, que compartilhará com a dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó no show Novo Ato, exclusivo para convidados. Para os dias seguintes, quem acessar o site Sympla terá à disposição várias atrações com ingressos gratuitos.  

No sábado, será o show do músico Almir Sater. No dia seguinte, a Companhia de Comédia Melhores do Mundo, do DF, mostrará o brilho da prata da casa com o espetáculo Tela Plana. Na segunda-feira será a vez da banda brasiliense de punk rock Plebe Rude e convidados dela mostrarem porque a cidade projetada por Lucio Costa é também considerada a capital nacional desse gênero musical desde os anos 1980.

Reforma

O Teatro Nacional Claudio Santoro teve de ser fechado, há 10 anos, após haverem sido constatadas várias irregularidades que comprometiam a segurança dos frequentados. A reforma, contudo, por uma série de contratempos, só pôde ser iniciada em 2022. Esse projeto foi dividido em quatro etapas, sendo que a primeira estava focada na Martins Pena.

Os trabalhos na sala tiveram como objetivo adequá-la às normas de proteção do público, de acordo com o estabelecido por regras de engenharia e do Corpo de Bombeiros, além de deixá-la acessível e confortável a pessoas com deficiência. Com essa ação, a sala ganhou mais 73 poltronas, e passou, agora, a ter 480 lugares, todos com material anti chamas. Outra medida foi a abertura de duas saídas com rotas de fuga para evacuação rápida do público. Todas essas providências exigiram um investimento de R$ 70 milhões do Governo do Distrito Federal.

A renovação do espaço, contudo, enfrentou um desafio: manter as características originais, em atenção à preservação do patrimônio arquitetônico.

As salas Villa-Lobos e Alberto Nepomuceno, além do Espaço Dercy Gonçalves e o anexo do Teatro Nacional, também serão comtemplados em etapas subsequentes, para as que serão destinados R$ 300 milhões de reais.

A Villa-Lobos, a principal do teatro e sede da Orquestra Sinfônica, tem capacidade para 1.407 pessoas. Para ela uma atenção especial será dada: melhorar sua acústica, que sempre foi uma queixa em relação ao local.

Quem era Martins Pena?

Martins Pena foi dramaturgo brasileiro, nascido em 1815, no Rio de Janeiro. Após se formar em Comércio, em 1835, entrou na Academia de Belas Artes. Lá, teve contato com professores estrangeiros com os quais aprendeu outros idiomas, o que abriu caminho para ele ingressar na vida diplomática. Pena trabalhou no Ministério dos Negócios Estrangeiros e foi integrante da embaixada do Brasil em Londres.

O fluminense recebeu o título de fundador da comédia de costumes, reconhecimento às dezenas de peças teatrais que escreveu. Ele é patrono número 29 da Academia Brasileira de Letras, honraria concedida, após sua morte, e dada pelo fundador da instituição, Artur Azevedo, devido a sua influência e relevante trabalho pela dramaturgia brasileira.

Fonte: Correio braziliense.

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