A família deLucio Costa, um dos responsáveis pela construção de Brasília, doou o acervo do urbanista para Casa da Arquitectura do Centro Português de Arquitectura, com sede na cidade de Matosinhos, em Portugal. O acordo para transferir o acervo de 3 mil documentos foi assinado na última semana pelo governador do DF Ibaneis Rocha e pela ministra da Cultura de Portugal, Dalilia Rodrigues.
📌Lucio Costa venceu, em 1957, um concurso nacional para projetar a nova capital do Brasil.
Ao g1, arquitetos do Distrito Federal dizem que a medida é necessária para garantir a preservação ideal do acervo, porém, a doação pode representar uma perda da memória de Lucio Costa para os brasileiros.
“Não podemos enxergar a doação entendendo a relação de domínio entre os países, o que está em jogo é a manutenção de um material importante para a história do Brasil e de Brasília. O ideal seria que o GDF disponibilizasse recursos para conservar o material aqui no DF, já que a história é nossa, mas, como não foi oferecido, temos que zelar pelo material. Não respeitá-lo é apagar a nossa história”, diz o arquiteto Ricardo Trevisan.
Acervo ‘indisponível’
É a primeira vez que o Acervo Público do Distrito Federal está envolvido no repasse de imagens para a Casa de Arquitectura de Portugal. De acordo com o acervo, a negociação dos arquivos durou três anos em sigilo.
📌A entrega de cerca de 11 mil documentos já ocorreu pelo Instituto Tom Jobim, do Rio de Janeiro, em 2021 (entenda abaixo).
O intuito da parceria com os portugueses é criar um acervo digital conjunto para reunir plantas, esboços, correspondências, fotografias, publicações e outros materiais de relevância histórica e cultural para contribuir em pesquisas sobre grandes nomes da arquitetura moderna.
Porém, por mais que os dois países possam fazer uso do material, o acervo não fica totalmente disponível no site da entidade, afirma o pesquisador do Laboratório de Pesquisa em Acervos e Arquivos de Arquitetura e Urbanismo, Ricardo Trevisan.
“Visitei pessoalmente o local e já temos várias obras de memória do Lucio Costa na entidade. A iniciativa do site seria interessante se o material ficasse realmente disponível para uso público. Normalmente, eles publicam apenas cinco fotos de cada assunto, o resto precisa pagar“, diz Trevisan.
Traços de Brasília na Europa
Entre os 11 mil documentos doados para Portugal pelo Instituto Tom Jobim estão croquis de projetos, fotografias, mapas, plantas, desenhos, filmes de 16 milímetros e até correspondências que Lucio Costa mantinha com outros grandes nomes da arquitetura, como Oscar Niemeyer e Le Corbusier.
🔎Os primeiros desenhos do projeto do Plano Piloto de Brasília também estão incluídos.
Para que o material seja acessado em Brasília, e para que o Brasil não fique sem as memórias de Lucio Costa, é importante priorizar os arquivos que sejam compartilhados de forma digital, afirma a arquiteta formada pela Universidade de Brasília (UnB), Larissa Januzzi.
“O ideal desse acordo é que os documentos físicos ficassem todos no Brasil, penso que seria mais seguro assim […] Nossos materiais devem ser resguardados”, diz a arquiteta.
Com informações do G1-DF
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