Segundo o ministro da fazenda, “não há possibilidade” de o governo tomar medidas para alterar a regra atual de incidência do IOF sobre o câmbio para conter a alta do dólar
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (2) que não há possibilidade de o governo modificar o imposto sobre operações financeiras (IOF) em operações de câmbio paa conter a alta do dólar. Ele ressaltou que a melhor estratégia para conter a desvalorização do real frente ao dólar é melhorar a comunicação sobre o arcabouço fiscal e a autonomia do Banco Central.
“Não, não há”, respondeu Haddad quando questionado por jornalistas em Brasília sobre a possibilidade de o governo tomar medidas para alterar a regra atual de incidência do IOF sobre o câmbio para conter a alta da moeda norte-americana, de acordo com agência Reuters.
Haddad enfatizou que o foco deve estar na clareza das comunicações sobre a autonomia do Banco Central e a rigidez do arcabouço fiscal. As declarações do ministro vieram após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentar, em entrevista à rádio Sociedade de Salvador, que o governo tomará “alguma coisa” para conter a alta do dólar, mas sem antecipar medidas para não “alertar meus adversários”.
Lula mencionou que teria reuniões sobre o tema ao retornar a Brasília na quarta-feira (3). Já Haddad esclareceu que a pauta do encontro com o presidente será “exclusivamente uma agenda fiscal”.
Na segunda-feira (1), o dólar à vista fechou cotado a 5,6538 reais na venda, uma alta de 1,13%, marcando o maior preço de fechamento desde 10 de janeiro de 2022. Nesta terça-feira, por volta de 12h20, a moeda norte-americana era negociada a 5,67 reais para a venda.
Com informações do Brasil 247
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