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Pastor antipetista que fingia ser advogado mata ex-mulher na frente do filho e é preso no Rio

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Marcius dos Reis Resener de Oliveira, preso por matar a ex-companheira. Foto: reprodução

O autodenominado advogado Marcius dos Reis Resener de Oliveira foi preso no último dia 9 no Rio de Janeiro acusado de matar a ex-esposa na frente do filho do casal. Uma semana antes de ser morta a tiros, Aline Oliveira da Silva registrou duas ameaças de morte que havia sofrido. Uma das ameaças foi encaminhada pela namorada do assassino, Rafaella Azevedo Calheiro Regis, que foi presa como cúmplice no crime de feminicídio.

Em 2021, Resener não aceitou que a guarda do filho ficasse com a mãe após a separação e sequestrou a criança, que só foi localizada mais de um ano depois em Brasília. A Polícia Civil já tinha feito dois pedidos de prisão contra ele, uma em outubro de 2022 e a outra em abril de 2023, mas a Justiça do Rio negou, estabelecendo que o assassino deveria apenas respeitar o distanciamento cautelar de 300 metros da vítima.

Resener usava seu perfil no Facebook para fazer ataques à ex-mulher:

Também nas redes sociais, o assassino se apresentava como pastor, advogado, psicanalista e policial, sempre usando as supostas profissões para disseminar sua misoginia. Apesar disso, ele não possui registro junto a Ordem dos Advogados do Brasil, condição necessária para a atuar na área da advocacia.

Em seu perfil do Facebook, aliás, ele manifestou seu descontentamento com a vitória do presidente Lula: no dia do segundo turno, em 30 de outubro de 2022, ele mudou seu avatar para uma bandeira brasileira enlutada, dizendo que “Em meu país o crime compensa”.

Avatar de luto pela vitória do presidente Lula na eleição. Reprodução

Em fevereiro deste ano, Marcius deu uma entrevista para uma emissora de Teresópolis, no Rio de Janeiro, com o tema “Homens sofrem mais violência doméstica do que as mulheres”, onde fez críticas à Lei Maria da Penha.

Em sua participação no podcast de Teresópolis, Marcius se disse advogado criminalista, especialista na defesa de homens denuncados pela Lei Maria da Penha e em casos de alienação parental. Ele costumava se vangloriar de ganhar casos e oferecia serviços e mentorias online, onde cobrava R$350 por aula.

Veja a entrevista ao Terê Cast, na qual ele cita, sem fundamento, que 92% das denúncias feitas com base na Lei Maria da Penha são baseadas em denúncias falsas:

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