A Polícia Federal, em conjunto com a Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal (PRF), deflagrou a Operação Operação Hicsos. O alvo é um grupo especializado em roubar cargas de alto valor. Os criminosos chegavam a realizar 25 assaltos por mês. O prejuízo está estimado em R$ 30 milhões.
Cerca de 350 policiais cumprem 37 mandados de prisão preventiva, 14 de condução coercitiva, quando é obrigado a depor, e 31 de busca e apreensão. Além do Distrito Federal, as buscas ocorrem em Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Trindade, Bela Vista, Leopoldo de Bulhões, Alexânia, Morrinhos, Campos Belos, todas em Goiás.
Os crimes, segundo a investigação da PF, eram financiados por empresários ligados a postos de combustíveis, supermercados e distribuidoras. “Os financiadores pagavam em torno de 50% do valor da carga aos criminosos, que depois era vendida em estabelecimentos comerciais como se fosse mercadoria legalmente adquirida”, afirma a nota da Polícia Federal. O dinheiro arrecadado com os assaltos era usado para financiar o tráfico de drogas, armas e roubos a bancos.
Ainda de acordo com a PF, a organização criminosa chegou a fazer falsas barreiras se utilizando de coletes de fiscalização e de veículos equipados com sirenes e giroflexos. O grupo avaliava a carga de cada caminhão parado e, quando se deparava com uma carga de alto valor, anunciava o assalto. Para facilitar a ação, utilizavam-se de equipamentos de alta tecnologia evitando, assim, que o veículo fosse rastreado.
O nome da operação se refere a uma tribo que invadiu a região oriental do Delta do Nilo e ficou conhecida como saqueadores e ladrões.
Os envolvidos responderão por roubo qualificado, cárcere privado, lavagem de dinheiro, organização criminosa, tráfico de drogas e receptação.
(Incorporado do Jornal Metrópoles)
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